10/01/2008

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- E dizes-me que estás a escrever um livro?
- Sim.
- Sobre que escreves?
- Sobre o nada.
- O nada?
- Sim.
- Não entendo. O que há para escrever sobre o nada?
- Tudo.
- Não compliques, como o farás?
- Talvez com páginas em branco.
- Mas assim não o escreves, isso não é escrever.
- Não? (Oldmirror)

“Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm afastado da vida da minha vida....Se me afasto de ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha amada.
Se logo deixaste de me tratar por tu, que será então dentro de quinze dias?! Sinto uma profunda tristeza, e assusta-me verificar a que ponto está rendido o meu coração. Já me queres menos, um dia deixarás de me querer completamente; mas avisa-me, então. Saberei merecer a felicidade…
Adeus, mulher, tormento, felicidade, esperança da minha vida, que eu amo, que eu temo, que me inspira os sentimentos mais ternos e naturais, tanto como me provoca os ímpetos mais vulcânicos do que o trovão...
No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes....".
- Carta de amor de Napoleão a Josefina

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4 Comments:

Blogger Jo said...

Sobre o nada podem escrever-se verdadeiros tratados... mas chega um dia em que nos apetece escrever a tinta. Eu sei.

;)
beijo*

10/01/2008 01:32:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

.
quando perguntaram ao joão fiadeiro entre a dor e o nada o que é que escolheria, ele responde o nada, pois é sobre o nada que trabalha.
.

10/01/2008 04:23:00 da tarde  
Blogger ivone said...

passou_me tanta coisa pela cabeça quando terminei de te ler que obviamente não te vou dizer nada.
e nem deu tempo para pensar numa única coisa só que fosse tal foi a tempestade.

10/02/2008 12:14:00 da manhã  
Blogger Lipim said...

O nada pode ser muito.
Já li um livro sobre o tema.
Chama-se "Livro sobre nada".
Foi bom.

10/19/2008 07:55:00 da tarde  

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