Na tentativa inglória de me entender, luto com a vontade de te ter e não te ter. Na tentativa desesperada de encontrar o caminho, sofro porque te deixei ir sem que um abraço impedisse que fosses. Preferi lutar comigo mesmo, preferi o eterno conflito interno que me diz quero e não quero. (Oldmirror)Ontemàs onzefumasteum cigarroencontrei-tesentadoficámos para perdertodos os teus eléctricosos meusestavam perdidospor natureza própriaAndámos dez quilómetrosa péninguém nos viu passarexceptoclaroos porteirosé da natureza das coisasser-se vistopelos porteirosOlhacomo só tu sabes olhara rua os costumesO Públicoo vinco das tuas calçasestá cheio de frioe há quatro mil pessoas interessadasnissonão faz mal abracem-meos teus olhosde extremo a extremo azuisvai ser assim durante muito tempodecorrerão muitos séculos antes de nósmas não te importesmuitonós só temos a vercom o presenteperfeitocorsários de olhos de gato intransponívelmaravilhados maravilhosos únicosnem pretérito nem futuro temo estranho verbo nosso- Mário CesarinyEtiquetas: Mário Cesariny