64
Descobriste-me. Sentiste-me. Soubeste-me. Revelaste-me. (Oldmirror)
como hei-de segurar a minha alma para ela não tocar na tua?
como hei-de levá-la por cima de ti para outras paragens?
gostaria de arrumá-la em algum lugar perdido no escuro,
num sítio estranho e tranquilo que não transmite
as vibrações que produzes nas tuas profundezas.
mas tudo o que nos toca, a ti e a mim, junta-nos
como a arcada do violino que faz uma voz de duas cordas.
em que instrumento estamos esticados?
e quem é o violista que nos tem na mão? (...)
- Rilke
Etiquetas: Rainer Maria Rilke
a música da alma é a mais vibrante e tem sempre mais cor e mais força do que aquela que ouvimos quando não sentimos a essência da nossa alma