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A solidão de um corpo despido que olha o espelho passando em revista uma vida escrita na pele onde começa a escassear o espaço para marcar o futuro e do passado já muito pouco se mostra decifrável. É visível a cada veia exposta, que o coração ainda bate. É invisível a cada cicatriz a assinatura de quem fez do exterior a dolorosa interpretação da ferida interior. Um corpo despido onde já subsiste o arrepio e o vazio outrora ocupado pelo morno encosto de outro corpo e preenchido por pedaços feitos à medida para os lugares mais recônditos invariavelmente descobertos por quem estivera disponível para encetar uma viagem vagarosa pelo mapa-mundi agora explorado em frente ao espelho. (Oldmirror)
Não há limite que não seja por ele suportado. Suporta todo o cansaço. Traições, fadiga, falhanços. Aconteça o que acontecer tens um corpo que pesa; e um chão, mudo, imóvel, que não desaparece.
- Gonçalo M. Tavares
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não és único. pensas que és? pensas que o mundo gira à tua volta? pensas que a vida te oferece o quê? a morte certa isso sim. de que te vale lamentar que tens feridas cicatrizes dores do passado presente e futuras? esquece e continua a fazer os sinais de fumo sff