12/30/2010

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Ano após ano, o balanço termina de forma semelhante: somos cada vez menos aquilo que queríamos ter sido, somos cada vez menos aquilo que uma vez sonhamos vir a ser. Ano após anos recomeçamos decididos. Ano após anos, vamos perdendo a força à medida que a cabeça vai chocando contra a parede chamada realidade. Anos após ano aumentam os livros que precisamos de ler e diminui o tempo que nos sobra para o fazer. Ano após ano chegamos à conclusão que as grandes músicas, os grandes quadros, os grandes bailados já foram feitos e que daqui para a frente o desafio faz-se mais da revisão da matéria dada do que da partida à descoberta. Ano após ano são menos os motivos que nos levam a subir as persianas. (Oldmirror)

Morava sozinho. Morreu de repente, rodeado por milhares de livros, documentos, fotos e testemunhos de gratidão de instituições científicas. Quando examinaram tudo aquilo, encontraram um papel azul com o início de uma confissão: "Eu queria ter sido actor".
- David Lagmanovich

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2 Comments:

Blogger Fabiana said...

Preferimos a paralisação do que o movimento ilusório a contra-gosto.
Mas o tempo não pede permissão para arrancar as horas dos relógios, as cores dos cabelos, e a esperança de algum lugar esquecido.

12/30/2010 08:00:00 da tarde  
Blogger ivone said...

e todos os dias se sobe os estores e se desce a vontade de olhar lá para fora. a quem amas vai sempre continuar a desiludir_te a quem beijas continuará a parecer_te estranho és ator qb para conseguires safar_te desta e essa não vontade de nada é soberba para continuares a parir palavras

não saias do fundo!

1/15/2011 12:46:00 da manhã  

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