3/02/2011

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O desemprego. A experiência que me faltava. Provavelmente, a derradeira ligação à realidade que mantinha por força da necessidade. Agora fica mais fácil viver não vivendo. (Oldmirror)
Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como a só presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão.
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.
- Jorge de Sena

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2 Comments:

Blogger ivone said...

"diz_me devagar assim..
coisa nenhuma"
porque sei que existes bem lá no fundo ainda és apesar de não o quereres. arrastas_te por aqui por lá por acolá e afinal arrastando_te não és já coisa nada . nenhuma. assim diz_me nada de coisa alguma. sei que no entanto ainda vais sendo. porque razão de darias ao incómodo de por aqui te arrastares? afinal por enquanto ainda és. e serás ainda apesar de contra tua vontade. vira_te! ainda te resta gente pouca coisa ou coisa nada que sabe que arrastando_te ainda por enquanto és. no dia em que deixares de ser assim pouca coisa ou coisa nenhuma avisa_me. tu arrastas_te. eu espero.

3/17/2011 12:01:00 da manhã  
Blogger UIFPW08 said...

linda.. muito bum

4/20/2011 12:11:00 da manhã  

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