2/27/2006

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Fugindo sem querer saber-te. Estando longe e apenas sentindo-te. Seguindo-te, sentindo-te, adivinhando-te, pensando-te. Aproximando-me com passos dados à rectaguarda. Relembrando o toque sem nunca ter estado em ti. (Oldmirror)

Basta-me a crença de que o correio envia as cartas.
Não preciso de as enviar. Pois
ao escrevê-las já tinha as respostas.
Basta-te que se calem as linhas urgentes. (Que outra
coisa pode ser
um "sinal fónico" senão que estamos vivos?)
Mas com a nudez ele perde sentido, é preciso abraça-lo
com o som
e devolver-lhe o seu valor de mancha.
No sistema binário
cruzam-se
o um e o zero, as ondas
levam pequenos seixos e canções -
dúvido que voltem.
A última notícia desvia-nos.

- Ivan Laucik
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