5/18/2010

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E o que me assusta nem é a tempestade é a imensa calma que se segue, o Norte perdido no meio da turbolência, a sensação estranha de navegar sem ondas, de navegar sem nada; ao lado é à vista. Assusta pegar no leme sem saber se queremos levar o barco a terra ou manter-nos na água. Assusta o meio do oceano e a possibilidade de escolher o ponto cardeal a seguir quando nem sequer o queremos fazer, porque o Norte que tinhamos antes e durante a tempestade sempre nos pareceu o rumo certo. (Oldmirror)

Continuo sem nada para dizer.
O que me custou

foi tudo ter acabado
como tinha começado
como se nada se tivesse passado
durante
ora o que se passou durante
ainda hoje me incomoda
e portanto deve ter acontecido
- Adília Lopes

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3 Comments:

Blogger ivone said...

oito


Um dia voltei ao quarto
e a Magda tinha desaparecido
sem deixar marcas
custou-me não encontrar
o chiqueiro próprio da Magda
os meus cigarros fumados
o meu cinzeiro cheio de beatas
sujas de bâton
(que me faziam lembrar
dentes cuspidos após uma briga)
o Las Moradas
antes do Calculus I
na minha estante
quando eu me habituei
a pôr esses livros por ordem inversa

adília.l.

5/18/2010 09:38:00 da tarde  
Blogger Irmão Karamazov said...

O fogo assusta o imbecil entre aqueles que pensam. Tem aqui belos sinais. Aqui hei-de voltar.

Uma vénia.

5/20/2010 12:10:00 da manhã  
Blogger olga said...

Indemne atravessei as labaredas porque o Amor faz a Obra e o fogo faz o Amor.

Natália Correia

5/20/2010 11:48:00 da manhã  

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