3/22/2010

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Pareceu-me urgente dizer-te que me ensinaste a olhar a poesia de persianas abertas e com o sol a bater-me na cara. Ofereceste-me a luz sob a forma de sorriso, de textos radiosos e imagens coloridas. Pareceu-me urgente recuperar-te o brilho, o único que não me fere sempre que saio deste canto para me certificar que ainda há mundo lá por fora. Pareceu-me urgente derrubar todos os postes da estrada. Fosse eu capaz de tamanha empreitada. Mas tenho uma pequena lanterna, nada comparável à tua luz, mas tem pilhas e ainda acende. [Oldmirror]

a pensar que
o desgosto é uma estrada por cumprir
dentro de cada um.
começa sem contar

(como se bate contra um poste)
e nunca, nunca, nunca
acaba.
apenas esmorece.

- a semi-cerrar os olhos mas sem evitar
a areia que chega no vento.

2 Comments:

Blogger olga said...

Pela flor pelo vento pelo fogo
Pela estrela da noite tão límpida e serena
Pelo nácar do tempo pelo cipreste agudo
Pelo amor sem ironia - por tudo
Que atentamente esperamos
Reconheci tua presença incerta
Tua presença fantástica e liberta

Sophia de Mello Breyner Andresen

3/23/2010 08:46:00 da manhã  
Blogger ivone said...

é
"é urgente o amor"

3/25/2010 11:39:00 da tarde  

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