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Num bosque tremendamente encantado, a princesa procurava decorar o mundo. Impaciente, fazia dos pequenos dedos a extensão dos seus doces e curiosos olhos. Nunca passava muito tempo sem que a sua atenção se desviasse de uma enorme árvore para um minúsculo bichinho de conta e era sempre capaz de franzir o sobrolho ou deixar escapar um sorriso quer se tratasse do mais belo dos quadros ou da mais banal nuvem irrequieta. A princesa crescia ao mesmo ritmo dos caracóis do seu cabelo e o mundo não parava de a surpreender e nem naquele bosque as explicações que encontrava para os mais complexos enigmas da natureza deixavam de ser as mais evidentes e simples verdades. É que a princesa não aprendera ainda o significado da palavra impossível, nem ouvira sequer falar nas letras que formam termo complicado. Para ela um mistério é uma coisa mágica e se é mágica é bonita. Para ela o estranho é interessante e o assustador não passa de uma floresta, também ela encantada, escura mas irresistível. E lá continua ela a decorar o mundo sem que um obstáculo seja mais do que um simples galho de árvore sobre o qual se pode saltar. (Oldmirror)
Vim deixar um beijinho.
Magico...
que se preserve essa magia do olhar sobre a vida.
Já tinha saudades Ana. Obrigado pelo regresso.
Será possível voltar a ser essa princesa? Poderá a floresta voltar a ser encantada e não assombrada...? Eu faço demasiadas perguntas, eu sei... :)
Cookie: Voltares (ou seres)essa princesa é impossível, no entanto, regressares à floresta encantada e não assombrada é bem mais fácil do que imaginas. Quanto às perguntas, seria mau se não as fizesses...muitas.
Já andava com saudades de te ler...
Não posso dizer que tenha gostado deste texto... Não posso também dizer que não me tenha tocado especialmente... Acho que muitas vezes conto a história da Princesa que foi obrigada a crescer...
Ainda me custa admitir isso por vezes,
Beijo
Gosto deste.
Beijos.