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O abraço dos corpos ainda estranhos não chega. Estamos sós. Em volta as paredes que não aconchegam, os lençóis que não aquecem, as vozes não nos são familiares. A única saída é a descoberta, a procura nos corpos de recantos protectores, a busca desesperada de olhos que tranquilizem. Os avanços, os recuos, as perguntas que temos adiadas para depois. Sem fuga, sem rede, vamos construindo um mundo mais mundo que o mundo lá fora.
Os perfumes já não são estranhos, os sabores revelam-se viciantes, os olhares embaciados pela respiração ofegante já nos lembram um porto de abrigo. No entanto, as perguntas ainda não têm respostas, mas ficam adiadas para depois, talvez mais tarde já nem sejam precisas, talvez mais tarde já nem as queiramos ouvir.
- Oldmirror (“Pergunto-lhe depois” – 13/09/07)
Os perfumes já não são estranhos, os sabores revelam-se viciantes, os olhares embaciados pela respiração ofegante já nos lembram um porto de abrigo. No entanto, as perguntas ainda não têm respostas, mas ficam adiadas para depois, talvez mais tarde já nem sejam precisas, talvez mais tarde já nem as queiramos ouvir.
- Oldmirror (“Pergunto-lhe depois” – 13/09/07)
O que é a magia, perguntasnuma casa às escuras.
O que é o nada, perguntas,saindo de casa.
E o que é um homem saindo do nada
e regressando sozinho a casa.
- Leopoldo María Panero
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