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[Foto by Krzych Borowski]
Mais um. Depois outro. Vão passando. Ficando para trás. Não foram usados. Não foram vividos. Existiram, apenas. Pergunto-me: até quando? Não ouço a resposta, não me interessa. Outro ainda. Promessas. Pergunto-me: foi sempre assim? Não preciso da resposta, já a conheço. Flutuo nos dias. Plano nos amores. Mergulho nas palavras. Enterro-me na música. Mesmo assim...mais um, depois outro. Sempre passaram, sempre fiquei, nunca me levaram. (Oldmirror)
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Dói-me a cabeça.
Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
- Cesário Verde
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