Sem nada para dizer, com pouco mais para voar, sento-me e olho. Vejo o bater das asas de quem ainda o faz, olhos nos rumos traçados, nas idas e voltas, nos caminhos trocados, nas direcções cruzadas, nos encontros e desencontros de quem faz ainda do vôo a procura constante do ninho. Sem nada para dizer, não digo. Oiço. Oiço promessas, esperanças, optimismos e pessimismos. Oiço queixas, sonhos desejos, oiço-te até a ti que ainda gritas por aquilo em que acreditas. Não digo. Voar e falar. Destinos por atingir, emoções demasiado grandes para se manterem na garganta. Foi bom. Agora é melhor. (Oldmirror)
Asas que fossem, tuasmãos podiamtocar a íntimanervura do silêncio.- Albano MartinsEtiquetas: Albano Martins