11/26/2006

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Miguel Gonçalves Mendes — O Mário tem medo da morte?
Mário Cesariny — Sou capaz de ter, um bocadinho. Não sei o que é. (ri). Mas gostava de ter daquelas mortes boas... a gente deita-se para dormir e nunca mais acorda, isso é que é bom.Mas tenho medo sobretudo da degradação física, isso sim! Porque eu já sofro um bocadinho, vá lá, isso é que é muito chato, isso já é a morte a trabalhar, a trabalhar. A morte propriamente não existe. Se morreu, morreu... é o momento! Tens medo da morte tu?

- verso de autografia / mário cesariny /assírio & alvim

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6 Comments:

Blogger Aestranha said...

Ter medo da morte, muito pelo menos, é criar a impossibilidade de viver!

Ninguém vive mais que um poeta, pois eles vivem duas vezes...

Beijo

11/27/2006 12:57:00 da manhã  
Blogger oldmirror said...

Até concordaria com a primeira parte do teu comentário, mas com a segunda não consigo concordar. Não consigo ver um poeta como alguém diferente, às vezes até isso a que chamas duas vidas, são apenas duas metades que lutam uma com a outra.

11/27/2006 01:31:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Humm, não sei responder á pergunta se tenho ou não medo da morte.
Mas acho que tenho mais medo da vida, pois é o meu estado consciente que actua sobre cada coisa que faço.

Beijo

11/27/2006 03:46:00 da tarde  
Blogger Mia said...

Ainda me apetecia fazer umas coisitas por cá, mas medo, medo nao tenho, de morrer quer dizer. Mas tenho medo de ver morrer as pessoas que amo, tenho medo de me ver morrer lentamente.

11/27/2006 06:53:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tenho medo da morte sim. O desconhecido é sempre assustador, mesmo quando também é fascinante. Mas acima de tudo, tenho medo de deixar muitas coisas por fazer.

11/27/2006 07:49:00 da tarde  
Blogger Aestranha said...

Não achei que fosses concordar porque também és um poeta... Podes discordar desta afirmação também, claro está...

Mas eu por acaso, concordo com o que dizes... Na tua discordância acabaste por enunciar a razão pela qual eu disse que vivia duas vezes... São essas duas metades em luta que me levaram à metáfora das duas vidas. A vida é conflito, o poeta vive sem sombra de dúvida...

Dois beijos :)

12/14/2006 03:54:00 da manhã  

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