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Mãos que sabiam a tarde de maçã, a bife na chapa, mãos que se mexiam vagarosamente, mão sofridas e, no entanto, tão macias, mãos que me faltam. As mãos que mais sofreram foram as últimas a desistir, mãos que na despedida não tive coragem de apertar com as minhas, mãos que no fim foram olhos, foram extensão do coração, foram traduções de sentimentos na despedida anunciada. (Oldmirror)
Lembro-me da minha mão pousada sobre a tua
e esse instante está debaixo
da palavra solidão.
- José Luís Peixoto
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que bonito poema do jlp
(que belo post, tb)
Também tenho saudades de umas mãos assim que sabiam a tantas coisas que já passaram...
Triste mas bonito...
Beijos
Gosto de muitas coisas do José Luís Peixoto. Esta não conhecia e guardei-a em mim.
O que tu escreveste ficou-me nas mãos.