5/02/2006

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Embalada pelas palavras renascidas pela mão de Lobo Antunes garantiste-me que um dia amarias uma pedra. Vencida pelo cansaço, desististe. Sedenta de emoções e estranhos sentimentos que se cravem nas tuas telas pela noite dentro informaste-me que não sou o que escrevo. Adormecida pela distância cravaste as tintas na tela misturaste-as com as emoções e sentimentos que decifraste mas que não viveste. Preencheste a vermelho esperança o branco deixado por uma noite incompleta onde eu fui mais eu e tu menos tu. Conformada, trocaste a Batalha não acabada por um qualquer aroma a café frio numa qualquer tarde de Maio resguardada por uma qualquer mesa protectora. As horas passam. O tempo esgota-se. (Oldmirror)

Eternidades passam
por ti e morrem,
uma carta toca
os teus dedos incólumes ainda,
a fronte resplandecente
aproxima-se em acrobacias e acama-se em
odores, rumores.

- Paul Celan
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