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Os braços alongam-se ao som de Stravinsky. Os dedos mexem-se independentes de tudo. O ondular do tronco suado e sedento pela cadência de fogo acompanha o pássaro que passou a habitar nele. Os olhos, ora fechados, ora abertos, pouco mais vêem que contornos. As pernas aceitam o convite da batuta e desdobram-se em combinações inventadas para quem caminha no céu. Por momentos, toda a nossa existência assenta nos pés doridos que suportam o prazer. Já não existo, apenas vôo, apenas sinto, apenas
danço. Voltam os sonhos, as memórias, a leveza dos momentos onde a vida pôde esperar e o relógio se regia pela respiração absurda dominada pela música. O pássaro poisa, o fogo extingue-se, Stravinsky descansa, o corpo encolhe-se, os olhos não abrem, mas as lágrimas caem. (Oldmirror)
A ferida fechou-se cansada. Restou o rochedo inexplicável.
- Franz Kafka
Etiquetas: Franz Kafka
Lindo!!!
A dança existe em mim, como a vontade de alimento. Amo!
Obrigado pela visita, volta sempre.
emn***
Olá linda
Entro aqui e fico sem palavras ,perante tanta beleza
volta mais vezes no nosso catinho pois temos muito prazer em te receber.
desejamos te um bom começo de semana,e deixamos te o nosso carinho.
:)))))))))
beijoooooooo
houve tempos em que voei assim... com asas nos pés...
palavras mágicas as tuas.
beijo
...o próprio, meu caro.
Adorei...
Conseguiste definir, em poucas palavras, aquilo que sinto quando danço... dançar é viver... dançar é viver a vida a voar...