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Há palavras que transbordam sentimentos, beleza extrema, sensações no estômago mais violentas do que uma qualquer imagem, uma qualquer experiência radical. Há palavras que nos impelem viciantemente para elas e às quais tentamos resistir sem sucesso. Palavras às quais sem querermos acabamos por voltar e só quando lhes fazemos a vontade conseguimos regressar à normalidade. São feitiços lançados sobre a sensibilidade que nos corre nas veias, palavras que por magia nos penetram o âmago. Por vezes foram feitas num só traço, tão rápido, tão inconsciente que chega até a ser injusta a profundidade a que descem dentro de nós, à força com que se instalam dentro de nós. Indefeso, entreguei-me a elas e fiz-lhes a vontade. Venceram. Sempre quis que vencessem. Podemos prosseguir, agora? (Oldmirror)
o correr da corda pelos dedos: queimaduras de terceiro grau. mesmo quando a queda era já anunciada. ainda assim... como se prepara o corpo para cair? tenho a certeza de que os bailarinos têm truques para isso. mas nunca pratiquei dança na vida e nunca aprendi a preparar o corpo para as quedas.
- Speechless's esquimose