2/03/2011

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Sem alma, fazendo do mais insignificante gesto o mais alto momento do dia. A vida interrompida por uma garra indefensável que aperta com força a garganta sem sequer permitir o prazer ínfimo de engolir em seco. Cada amarra composta por incompreensíveis dúvidas e decisões que tardam, retardam o coração. Bate menos. Quase não bate. O paraíso é já ali, à distância de uma palavra. Já são visíveis os risos, as cores, a claridade reconfortante. Mas o castigo é claro: chegar aqui, olhar, esticar o braço, sentir o calor ali à frente na ponta de um dedo e regressar à meta. E repetir, repetir sempre. (Oldmirror)

Habito um corpo - é apenas isso...
...Não me venham dizer que existo.
- Manuel de Freitas

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